Maria do Sameiro Barroso
Natural de Braga - 12 Maio de 1951
Poetisa Portuguesa, Médica e Filóloga
Harpa Dionisíaca
(excerto)
Hoje o meu silêncio tem o gosto do trigo e das amoras,
das nuvens e das lâmpadas que se fundem.
Nos oceanos de luz, o abraço do céu acende-se
e, na sombra das trepadeiras vermelhas,
a vida fervilha, num cântico, numa onda marinha,
onde o mar rescende, transcendente e completo,
prenunciando as fábulas, as ilhas verdes,
os universos claros, segredados,
na transparência dos enigmas. *) Amantes da Neblina
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