sábado, 23 de março de 2013


Sem Idade


Trago-te da infância
um sorriso de tâmaras
e esse olhar ingenuamente puro
que os pássaros guardaram como herança.

Trago-te da infância
a magia dos sonhos demorados
o segredo dos brinquedos que inventei
e as asas duma borboleta
que me visitava todas as manhãs.

Trago-te da infância
um navio de palavras sem idade
a subtil timidez dos gestos
que só agora posso decifrar.


                                            Álvaro de Oliveira

Este poema foi lido pelo autor
na Biblioteca Lúcio Cravairo da Silva
no Dia Mundial da Poesia




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