Ser poema
Ser
poeta, ser poema, talvez trovão
ser
letra a letra o verso que me interessa
e
ao mesmo tempo um simples cidadão
em
quem tudo acaba ou recomeça.
Aqui
e ali, penas vou encontrando
penas
que me conduzem ao pensamento.
Tons
de sílaba faço-os cantando
nas
searas do sonho, nas mãos do vento.
E
que importa que seja ou que não seja
pedaços
de poema, rima, marfim,
cristais
luzentes, prata e ouro fino?
Pretendo
que o poema me proteja
que
o ser doutra maneira ou ser assim…
mesmo
feito palavras por destino.
Álvaro de Oliveira
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