segunda-feira, 13 de abril de 2020



Ser poema


Ser poeta, ser poema, talvez trovão
ser letra a letra o verso que me interessa
e ao mesmo tempo um simples cidadão
em quem tudo acaba ou recomeça.

Aqui e ali, penas vou encontrando
penas que me conduzem ao pensamento.
Tons de sílaba faço-os cantando
nas searas do sonho, nas mãos do vento.

E que importa que seja ou que não seja
pedaços de poema, rima, marfim,
cristais luzentes, prata e ouro fino?

Pretendo que o poema me proteja
que o ser doutra maneira ou ser assim…
mesmo feito palavras por destino.

Álvaro de Oliveira

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