Eira das Letras
Obras & Autores
terça-feira, 22 de setembro de 2020
quarta-feira, 15 de abril de 2020
terça-feira, 14 de abril de 2020
Se me perder
Se
me perder nos muros do enredo
depois
das sombras do anoitecer
se
o silêncio tiver a cor do medo
na
seara dos teus olhos hei de aparecer
Se
me perder em mágoas sem abrigo
por
entre labirintos e torpedos
hei
de aparecer na seara junto ao trigo
sempre
que o pão te abrace pelos dedos.
Se
me perder nas ruínas dos rumores
e
a noite murmurar que estou em perigo
tardando
em minha capa de desejos…
Não
entristeças, meu amor, não chores
que
hei de ir à seara para brincar contigo
e
adormecer no aroma dos teus beijos.
Álvaro de Oliveira
segunda-feira, 13 de abril de 2020
Ser poema
Ser
poeta, ser poema, talvez trovão
ser
letra a letra o verso que me interessa
e
ao mesmo tempo um simples cidadão
em
quem tudo acaba ou recomeça.
Aqui
e ali, penas vou encontrando
penas
que me conduzem ao pensamento.
Tons
de sílaba faço-os cantando
nas
searas do sonho, nas mãos do vento.
E
que importa que seja ou que não seja
pedaços
de poema, rima, marfim,
cristais
luzentes, prata e ouro fino?
Pretendo
que o poema me proteja
que
o ser doutra maneira ou ser assim…
mesmo
feito palavras por destino.
Álvaro de Oliveira
sábado, 11 de abril de 2020
A poesia
A
poesia habita nas estrelas
é
canto, trigo, sol, seara, água
é
o mundo pintalgado em duas telas
numa
das quais está a tua mágoa.
É
dor, é pedra, é sal, é orvalho, é vento.
A
poesia habita nos teus braços
são
rugas já lavadas pelo tempo
no
caminho contado em teus passos.
A
poesia habita a tua voz
é
talvez o silêncio, o cedo, o tarde
uma
oração secreta o pensamento.
A
poesia somos todos nós
essa
grande fogueira que ainda arde
uma
trova que passa ou um lamento.
Álvaro
de Oliveira
sábado, 6 de julho de 2019
quinta-feira, 27 de junho de 2019
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